terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Novatos na minha estante: Guerra Paz, vols.1 e 2, Liev Tolstói
Há um par de datas desejava esse presente deixado por Liev Tolstói.
Mas com seus dois largos volumes, não é das edições mais baratas.
Até que lá na Livravia Cultura, esta edição Cosacnaify estava a preço justo.
Arrematei na hora, mas tê-lo nas mãos não foi fácil. Foi mandado buscar em outra loja.
Enfim começo meu sonhado encontro [e quem sabe diálogo] com este que foi um dos grandes cérebros da literatura e da filosofia. Pregava [e praticava] a paz, a vida simples, a liberdade dos cidadãos, o não direito à propriedade privada, a vida perto da natureza. Acreditava no desapego, disse não ao capitalismo - regime opressor que atinge pobres (economicamente) e ricos (psicologicamente). Ou pensam que o consumismo não trás malefícios diretos à saúde de todos? Os piores males por ele causados são os psicológicos.
Lua de mel com Guerra e Paz. Ficar em casa está bem interessante... ADORO QUANDO ESSES AMORES CHEGAM!! Como aconteceu com Nietzsche, Benjamin, Thoreau, Rilke, Linspector , Manoel de Barros, Roland Barthes. Nestas horas a solidão para mim torna-se questão de vida ou morte. Necessidade. Como diz nosso Manoel de Barros: " a solidão me ilumina".
Transcrevo a seguir parte do prefácio escrito pelo tradutor dessa edição de Guerra e Paz, Rubens Figueiredo, sobre a biografia de Liev Tolstói.
O tradutor declara: " Ele mesmo [Tolstói] disse que seu livro não era um romance, nem um poema, nem uma contação de histórias, mas "aquilo que quis e soube expressar seu autor na forma em que foi expresso". Desde jovem teve sérias reservas quanto à literatura e a arte prestigiosas entre a elite russa- cujo modelo estava configurado na arte européia." E mais "Flaubert admirou-se muito com o romance, porém se mostrou escadalizado com essa face de Tolstói: "Mas ele filosofa". Pois tanto na linguagem como na forma de ver a sociedade Tolstói parecia ter certo prazer em se mostrar um pouco bárbaro - um bárbaro na casa dos civilizados. Se ele gostava de caminhar descalço na terra, de andar a cavalo sem cela, e se preferia conversar com mujiques analfabetos a falar com pessoas nobres e instruídas -preferência de que tanto se queixou sua esposa , ainda pouco depois de casar - talvez não caiba a nós, nas consições históricas que nos rodeiam, fazer pouco dos movimentos de possível falta de civilidade e de fineza literárias desse escritor russso" (Rubens FIGUEIREDO, tradutor e apresentador".
Cap. 1 pg 28
- Se o senhor não tiver nada nelhor a fazer, meu príncipe, e se a perspectiva de passar uma noite em casa de uma pobre enferma não o assusta em demasia, ficarei encantada em receber o senhor em minha casa, entre sete e dez horas." Annette Scherer
- Deus que investida virulenta! [respondeu o príncipe, motrando-se chocado com o comportamento avançadinho, vanguarda, de Aneette Sherer.]
Mais peixe [tranquila] do que nunca... Meu coração bate feliz.
foto 1: meus novos filhos {Guerra e paz, Tolstói, Cosacnaify)
foto2: Liev (Leon) Tolstói, fotografia domínio público.
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